quarta-feira, 20 de junho de 2018

Na era da comunicação ninguém se comunica

Sem querer ser saudosista no alto dos meus quase 30, mas com certeza quem viveu nos anos 80 e 90 vai concordar que naquela época o povo tinha mais coragem.
Lembro de quando recebia e enviava cartas. Eu tinha uma caixa cheia delas. E não era cartas apenas de namoradas. Eu recebia de amigos também, e às vezes até de alguns parentes.

Sei que o lance de carta hoje em dia é démodé. O problema é que justamente agora que temos toda sorte de ferramentas e App para nos expressarmos e conversarmos uns com os outros, não expressamos, e quando fazemos quase sempre é duma maneira genérica e covardona.

Explico.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Slightly Stoopid - Slightly $toopid

O primeiro álbum da banda californiana Slightly Soopid foi lançado em 96' pela Skunk Records (sim!, do Bradley do Sublime).

O CD homônimo teve 1000 cópias e hoje é considerado raro não apenas pela tiragem limitada, mas também pelas faixas bônus - em especial, 'Prophet' onde quem toca o baixo é ninguém mais ninguém menos que Bradley.

É um discão punk/reggae muito bem gravado. O instrumental é trabalhado com guitarra fritando, batera moeno e baixo no talo. Os vocais são típicos do estilo: gritados e dissonantes em alguns momentos, e mais harmônicos e melódicos em outros (mas sem melar cueca!).

O grupo se reafirma quando coloca dois covers do tio Marley nas faixas escondidas, já dando à entender o que poderia vir nos próximos álbuns.

- Track List -
1."Righteous Man"2:34
2."Operation"1:55
3."Hey Stoopid" (live)2:49
4."Civil Oppression Dub"1:54
5."Zero Tolerance"1:38
6."Alibi's"2:43
7."Anti Socialistic"2:36
8."Opportunities"2:23
9."Smoke Rasta Dub"2:40
10."Stop"2:53
11."Wake Up Late"1:30
12."Fuck the Police"2:08
13."American Man"2:03
14."To a Party"15:38

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quinta-feira, 5 de abril de 2018

sexta-feira, 4 de março de 2016

Ah, a vida adulta...


Aos seis, talvez seu maior medo fosse o de crescer. Ou de ver seus pais separados. De ser abandonado. Da sua mãe envelhecer em algumas semanas. De não ser mais a atenção de todas essas pessoas que onde você chega, te recebe com sorrisos e abraços.

Quando a gente tem 10 anos, um dos nossos desejos é ter 14. Pra poder falar com certeza, que somos adolescentes. Queremos deixar de toda forma o fardo da palavra criança. Poder sentar na roda dos mais descolados do colégio e não ser olhado com desdém pelas garotas. 

Então os demorados 14 anos chega. Você enche a boca pra falar que é adolescente e começa à agir como um. 

Mas isso logo cansa. Seja nos 15 ou 16, o seu foco é os 18. Se homem: cnh, mulheres, boates, álcool... Se mulher: poder ser vista, tratada, desejada e respeitada como tal.
É uma fase intensa onde os planos brotam. Vou poder viajar, me livrar dos pais, poder curtir meus amigos numa cena que lembra mais ou menos aqueles filmes californianos dos anos 90.

Os 18 chega e sim, muita coisa que você imaginou, pôde realizar. Algumas experiências não foram tão boas quanto na idealização, enquanto outras até superou suas expectativas.

                        20, 21, 24... tic-tac, tic-tac.
 


Não sei se é coisa da idade. Mas quando você passa à mirar seus 25 logo à frente, passa a ter mais cautela sobre o que pensar sobre o que vem à frente e a sua forma de enxergar o que passou.

Não é mais tão nostálgico quanto no início dos 20. Percebe que a infância teve seu valor, mas que é tortuoso querer tanto reviver algo que está tão lá atrás. O futuro, antes tão buscado ansiosamente, passa à ser tratado com mais realidade. Afinal, no futuro - tudo o que aqui está, pode não mais estar. Seja pelo distanciamento, inexistência natural, desafeto...  Seu pet, seu amor, seus pais, algum amigo. Todos reféns do tempo.

Sendo assim, seus pés, mente e coração se mantém mais confortável no presente. Não que esse seja confortável literalmente. Mas a aceitação dá lugar onde havia ansiedade e/ou saudade.

Ah, a vida adulta...

aquele jogo onde você podia ser mágico, espadachim, atirador, ogro ou gangster, Agora te dá duas opções: guerreiro ou vítima.

Seja o guerreiro do dia-dia: dos horários nem sempre condizentes com seu relógio natural que se balança numa corda bamba pra manter o salário, humor, estado de espírito e vitalidade em ordem.
Ou seja do Ser permanente: nesse eterno nascimento e morte dos vários 'Eus'. 

Seja a vítima das injustiças cotidianas causadas pela má distribuição, exploração, desordem, descuidado, desafeto, desamor.
Ou seja a vítima de si mesmo: Do orgulho, do ego, do medo, da ansiedade, da falta de coragem e esperança. 

Dois personagens. Uma escolha. Nada além disso.

A compreensão do seu verdadeiro papel lhe trás à consciência do que realmente é relevante. Apesar disso lhe mostrar um norte na vida - ou mesmo numa discussão., acarreta também num sentimento real de medo de perder isso que sua consciência lhe mostrou tanto valor ter. Seus amigos, seus pais, sua saúde, sua existência...

Mas se nesse misto de desejo e medo estiver também a aceitação, o movimento da vida será mais ou menos como aquele desenho de reciclagem. Uma eterna roda.

E como já bem disse Almir Sater, "Penso que cumprir a vida seja simplesmente compreender a marcha e ir tocando em frente". 

Isso não é de certa forma, libertador e assustador ao mesmo tempo?

Ah, a vida adulta...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Nove kg em dois meses. Parte 1


Ontem quando adentrava uma farmácia com minha dama, reparei que há muito não me pesava. Dei uma encarada pra balança, e enquanto a Ju estava no caixa, retirei os trambolhos do bolso e subi. A tela denunciava: 89kg. Oitenta e nove fucking Kgs. Porra!

Se eu estivesse no modo 'foda-se' eu não diria nada. Mas já faz mais de ano que tento manter uma vida relativamente saudável. Reduzi em quase zero o açúcar, controlo sempre meus carbos ingeridos, cerva só fim de semana e exercícios praticamente diários.

Fiquei com aquilo na cabeça e no caminho pra casa me veio outras lembranças. Realmente de vez em quando cometo alguns exageros, do tipo detonar meia pizza grande, ou preferir carnes gordurosas no churrasco. Mas na hora eu penso o que todo mundo deve pensar "poxa, mas é só agora. Dá nada." Pois bem. Deu. Deu nove kg à mais. 

Tirei o celular do bolso assim que cheguei em casa e abri o bloco de notas. A meta é perder esses nove kg até o dia 18 de abril. Ou seja, dois meses. Um kg por semana, em média. 

Decidi lançar no blog como forma de disciplina.

O que farei é publicar toda sexta-feira sobre a semana que se passou. Os alimentos, os exercícios e os quilos perdidos.

Tirarei duas fotos de perfil (início e final da data) e postarei aqui pra comparar. 

Até à próxima! 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

De volta à ativa (pela trogésima vez)


Não irei ficar papagaiando sobre a falta de post pelos últimos nove meses. A explicação é simples e bem comum à qualquer cidadão com uma rotina pré-estabelecida.

Acontece que sempre vacilei de uma opinião à outra sobre o motivo de manter o blog: arquivo pessoal? entretenimento? informação? opinião?
E pra cada um desses tópicos, sempre achava um argumento contra...

-Arquivo pessoal: se é arquivo pessoal, porque manter ele aberto ao público?
-Entretenimento: cheguei à conclusão de que dificilmente uma pessoa seja induzida a absorver qualquer tipo de conteúdo em que ela já não esteja atrás. Ou seja, ela só acabará aqui se ela estiver atrás de algo que aqui esteja. E mais: qualquer conteúdo aqui exposto, terá mais mil páginas oferecendo a mesma coisa.
- Informação: quando algum assunto novo surge na internê, antes de eu abrir a boca pra falar o que penso, sempre filtro em algumas perguntas (1- é relevante? Se sim, 2- já ouvi em algum outro lugar a mesma opinião que eu iria dizer?)
Opinião: mantendo a mesma linha de raciocínio da informação, eu acrescento mais alguns questionamentos pessoais do tipo: estou apto à opinar sobre isso? eu realmente sei do que estou falando? quanto minha opinião será relevante sobre tal assunto daqui à alguns dias?

Depois de fazer essa meditação sobre a função do blog, eu me vi numa situação em que realmente não tem muita justificativa para acabar com ele (ou manter ele). 

E qual a conclusão disso tudo?

Entre relevância e valor, no momento eu quero manter o blog até onde ele me suprir em coisas simples: distração, expor questionamentos, conteúdos que eu achar importantes, entretenimento que tenha haver com o que eu acredito e vivo, e arquivos pessoais que eu desejar expor à vocês.

Dentro dessa proposta, eu consigo fazer a coisa funcionar sem aquela pressão de produzir conteúdo só por orgulho. Acredito que de toda informação que a gente vê, pouca coisa é absorvida e tem algum valor que não seja apenas o "passar o tempo".

Sendo assim, eu já tenho um ponto de partida. ;) 

À quem lê o blog, eu agradeço a paciência. E vamo que vamo.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Conheça: Rub Surf Music



Um tempo atrás enquanto eu procurava abrir mais meus horizontes musicais, dei um rolê num site de surf music e fui encaminhado prum link que apresentava o Rub.

Como sempre fui de ouvir os mesmos discos, mesmo tendo baixado/comprado alguns novos, os recém chegados ao meus pendrives e aparelhos de som quase sempre iam ficando pra "mais tarde".

E com o disco "De volta ao começo" não foi diferente.

Lembro que nessa época eu estava numa bad. Havia acabado de sair de um relacionamento conturbado, tinha lá meus 18 anos, meninão de tudo, e cara, COMO ESSE DISCO QUE ME FEZ BEM.