Mais um álbum brazuka por aqui.
Skank é uma banda pop. Sempre está nos principais canais de tv, em eventos de fim de ano, etc.
E como toda banda pop brasileira, soa rasa no que diz respeito às letras. Mas percebe-se que eles tem um dom pra criar hits, tal e coisa.
Porém, nesse nono disco eles fizeram algo diferente.
Eu tenho um pen drive cheio de coisas leves. Músicas que agregam o ambiente. Mais genéricas e aceitáveis. Pra quando acaso houver uma reunião de amigos em casa ou quando estiver acompanhado no carro.
E esse disco aqui sempre atinge os ouvidos mais aguçados. "Poxa, isso aí é o Skank?". Não foi uma nem duas pessoas que já me fizeram essa pergunta.
Isso porque ele é bom. Da capa às letras, do instrumental aos vocais.
Logo no início damos de cara com dois hits. "Eu e a felicidade" e, "Uma canção é pra isso" foram figuras carimbadas em novelas e rádios. Nada que eles nunca tenham feito. Aquele pop rock aliado a boa voz do Samuel dificilmente não agrada uma sala com pessoas tagarelando sobre a vida.
Mas na terceira canção a coisa começa a ficar interessante. "Até o amor virá poeira" é do tipo de letra à favor dos exilados do amor com uma batida à lá Beatles.
"O som da sua voz" é uma balada arrastada, sofrida e angustiante. E muito bonita, por sinal.
"Cara nua" dispensa comentários e desafia quem quer que seja à compor uma música tão maldosamente delicada no seu sentido entre-linhas.
O álbum abre espaço pra mais um hit, "Mil acasos". mas eles não deixaram a peteca cair e já lançam a balada "Lugar" com sua frase gritante, 'Mas guarde seu nome pra mim!"
Daí pra frente é só rock alternativo no melhor estilo psicodélico com alguns elementos de folk e poprock, uns teclados antigos e bons backs vocais, com destaque para "Panorâmica", "Trancoso" e "Um homem solitário".
Arquivo:
Carrossel (2006)
