quarta-feira, 30 de janeiro de 2013


Música e comida


Todos concordam que cenoura faz bem à saúde, porém se o Pernalonga morresse por má nutrição nem era de se achar estranho.

Por outro lado se nos submetermos à delicia de um bolo de chocolate comendo 3 pedaços ou mais por dia, certamente ficaremos obesos e doentes. Um prato saudável é aquele multicolor, com várias fontes de proteínas, e pra tudo ocorrer bem na vida tem que haver um equilíbrio, exemplo: trabalhar em excesso adoece - folga em excesso cria um estado de ociosidade-mental; comer grandes quantidades de comida pode lhe causar uma série de complicações – falta de comida te deixa fraco e debilitado.



E se a música faz parte da vida, com ela também não seria diferente. Um dia li sobre uma empresa que pedia aos concorrentes a cargos trabalhistas, sua fonte de música (mp3, celulares, toca-fitas, etc). Eles analisavam o que os pretendentes ouviam para definir quesitos importantes como QI, comportamento, dinamismo, criatividade, trabalho em grupo, entre outras potencialidades.

Não é que seja negativo uma pessoa ter um estilo que mais se identifica, pelo contrário, isso é bastante importante na formação de personalidade e caráter. O que acontece é que se uma pessoa ouve apenas um ou dois estilos, ela fica bastante limitada em experiências musicais – limitação é algo negativo, certo?

Quem nunca soube de caras que perderam namoradas por serem muito fechados? Ou pessoas que deixam de ir à festas ou aniversários porque no lugar “só toca música de velho”? Ou conhecem alguém extremamente alienado do mundo onde só o que ele ouve “presta”? E aquele funkeiro convicto que só enxerga farra e bunda quando conversa com o sexo oposto? Qual é a pessoa que gosta de rock que nunca foi chamada de louca?

O forrozeiro não sentirá as doçuras do mpb. O bossa nova não terá a destreza do rapper. O rapper não terá o sorriso simplista do sambista. O sambista não enxergará a vida sem limites como o roqueiro. O roqueiro não viverá a deliciosa sensação de dançar um forró agarradinho.

Se limitar não te faz diferente de ninguém. Apenas reduz sua participação nas experiências da vida.

Obs: Certos trechos do texto fui irônico, peça à Alá discernimento pra não ir achando que sou preconceituoso, etc.


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